O Brasil foi colônia portuguesa durante mais de três séculos. Podemos descrever da seguinte forma o século XVI: a metrópole procurou garantir o domínio sobre a terra descoberta, organizando-a em capitanias hereditárias e enviando jesuítas da Europa para catequizar os índios e negros da África a fim de povoá-la.Embora a literatura brasileira tenha nascido no período colonial, é difícil precisar o momento em que passou a se configurar como uma produção cultural independente dos vínculos lusitanos.
É preciso lembrar que, durante o período colonial, ainda não eram sólidas as condições essenciais para o florescimento da literatura, tais como existência de um público leitor ativo e influente, grupo de escritores atuantes, vida cultural rica e abundante, sentimento de nacionalidade, liberdade de impressão, imprensa egráficas. Os livros produzidos por escritores nascidos no Brasil eram então impressos em Portugal e depois trazidos à Colônia.
Por essas razões, alguns historiadores da literatura preferem chamar a literatura aqui produzida até o final do século XVII de “manifestações literárias” ou “ecos da literatura no Brasil”. Somente na segunda XVIII, com fundação de cidades e o estabelecimento de centros comerciais ligados à extração do ouro,
Contudo, o amadurecimento do espírito de nacionalidade e o nascimento de uma literatura voltada para o espaço, para o homem e para a língua nacionais só se deram de forma efetiva no século XIX, após política de 1822.
A Literatura de Informação
O primeiro texto escrito no Brasil: A Carta, de Pedro Vaz de Caminha, escrivão mor da esquadra liderada por Cabral quando do descobrimento oficial do Brasil, em 1500.
Essa carta e muitos outros textos em crônicas de viagem, diários de navegação e tratados descritivos formam a chamada literatura de informação ou de expansão, cultivada em Portugal à época das grandes navegações. A finalidade desses textos, escritos em prosa, era narrar e descrever os primeiros contatos com a terra brasileira e seus nativos, informando tudo o que pudesse interessar aos governantes portugueses.
Embora esses escritos guardem pouco valor literário hoje, sua importância reside principalmente no significado que têm como documentação histórica, seja como registro do choque cultural entre colonizadores e colonizados.
Não há, por parte dos escritos que produziram a literatura de informação, nenhum sentimento de apego mais profundo à terra conquistada, concebida como uma espécie de extensão da metrópole,“Portugal nos trópicos”. Apesar disso, essa literatura quinhentista deixou como herança um conjunto inesgotável de sugestões temáticas (os índios, as belezas naturais da terra, nossas origens históricas) que foram mais tarde exploradas por nossos escritores.
Oswaldo de Andrade, por exemplo, escritor brasileiro do século XX, criou um movimento de poesia intitulado Poesia Pau Brasil, em boa parte inspirado nesse Brasil cabralino descrito pelos cronistas e viajantes do século XVI.
Por que os Portugueses Descobriram o Brasil?
Essa ordem inicialmente, inicialmente chamada Ordem dos Templários, foi fundada durante as Cruzadas a fim de garantir o sucesso dos europeus a Jerusalém. Por conta desse compromissos, os templários se especializaram em viagens marítimas e acabaram colhendo informações de viajantes de toda a Ásia. A ordem foi transferida para Portugal em 1307.
Em 1500, depois de terem conquistado do papa e do rei de Portugal para o projeto de criar uma feitoria na India, os templários puseram à frente dessa missão um cavaleiro que não tinha a menor experiência em navegação, mas era membro da ordem de Cristo: Pedro Álvares Cabral. No caminho, Cabral tinha outra missão, secreta: tomar posse de uma terra já conhecida, o Brasil.
As Principais Produções da Literatura Informativa no Brasil Colônia do Século XVI
· a Carta, de Pero Vaz de Caminha;
· o Diário de navegação, de Pero Lopes(1530);
· o Tratado da terra do Brasil e a Histórias da Provincia de Sata Cruz a que vulgrmente chamamos Brasil, de Gabriel Soares de Souza(1587);
· os Diálogos das gradezas do Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão (1618);
· as cartas dos missioários jesuítas escritas nos dois primeiros séculos de catequese;
A Literatura de Catequese: José de Anchieta
Tendo em vista a catequese, Anchieta escreveu vários tipos de textos com finalidade pedagógica, como poemas, hinos, canções e autos, além de cartas que informavam sobre o andamento da catequese no Brasil e de uma gramática da língua tupi.
Ao lado dessa produção, há aquelas de interesse puramente pessoal, que satisfaziam o espírito devoto de Anchieta, como sermões e poemas em latim.
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